sábado, 13 de fevereiro de 2010

de pedra .

eu amarrei uma corda na ponta daquela estrela e dela eu pulei... ou foi você que me empurrou ?
e o nó na garganta, literalmente, enforcou o vicio, esse sonho, essa paz que eu ainda sinto, como se ainda estivesse na queda, voando de olhos fechados ... em direção a que ?
abrir o olho é ver que eu já caí, e por mais que mil motivos me façam querer pular de alegria, permaneço ali, com a cara no chão, e as vezes sangro ... isso pq eu mesma me escondo nessa ilusão de não estar parada . e eu estou ?
parece fácil burlar o consciente e fazer da vontade uma realidade imaginada .
parece fácil querer e ter .
mas ter você não é o que parece .

e na contradição das mãos, eu te solto ou te puxo como a vida tem que ser .
é melhor mesmo deixar que seus pés sigam o seu pensar, sem que eu me intrometa ou pelo menos sem que eu pense te influenciar .
consequência sua e minha ?
não muda nada afinal ... o relógio não espera e parece que o vento sopra os minutos depressa quando sinto que vão se encaixar .

é uma promessa:
eu não sinto .
eu desisto .

falar ?
escrever ?
dançar ?
cantar ?

... quando nem eu sei o pq das palavras, não faz sentido que elas tenham importância . eu não me dou importância... são muitas lacunas borradas de alternativas falhas .
nem borracha, nem amnésia ...
rasgar uma página ou outra não tira a dor das minhas histórias ... e contá-las pra você é assinar o óbito de toda e qualquer chance que eu possa me dar agora .
admitir é ruim .

me vendo assim, mil teorias podem ser feitas ... me lendo assim, não dá mais pra mentir .
então eu fecho os olhos de novo e me permito só por essa noite, não mais pensar .
não mais chorar . não mais ouvir a voz, o som .

e quieto, o meu pulsar embala volta e outra ...
até eu aprender, até o sangue esfriar .
de vez .

Um comentário:

thiago campacci disse...

ousadia humana em momentos depressivos.