quinta-feira, 25 de junho de 2009

alfinetadas mode on .

quando todos possuem algo que só você tinha ... ai essa coisa perde o valor . simples assim ...

relações analógicas não estão na modinha . nada mais normal hoje em dia do que ter medo do homem . as vezes de você próprio ...
tão fácil se esconder atrás de letras e de uma tela : 'está tudo bem ...' ou ' eu não te quero mais ...' ou 'estou apaixonado por você... '
tão fácil se emocionar com a susan boyle e não perceber seu amigo passando por algo difícil bem do seu lado .
tudo isso pq as pessoas estão se acostumando a lidar apenas com o que não tem consequencia para elas, na vida delas .
tudo é desapego, é ir embora, é não criar laços .
criar um personagem virtual que tudo pode, tudo aguenta é a máscara que o mundo arranjou, de metal, para encarar os medos .
quanto mais nos parecemos com as máquinas, frias e intocáveis, mais nos sentimos protegidos .
o toque e o olhar se tornaram manipuláveis pela informação ?
você sabe realmente quem eu sou ? como estou me sentindo ?
e corremos atrás do maior numero de informações possiveis ...
e corremos atrás do menor numero de pessoas possíveis ...
criamos a falsa idéia de auto-suficiencia .
se você não sabe, o cérebro tem capacidade finita de armazenar informação mas com possibilidades infinitas de ligações .
enquanto você posta no seu twitter que está entediado, observando a cada F5 todos fugindo do tédio, postando e fingindo que estão fazendo alguma coisa ... mais um pedaço do seu cérebro foi preenchido em vão .
então não se sinta um extraterrestre por sentir falta de uma mão na cabeça, uma conversa sincera, um abraço carinhoso .
então não se surpreenda quando alguém que você considerava íntimo e confiavel te apunhalar pelas costas .
então não se ofenda se alguém vazio sentir inveja do pouco de amor verdadeiro que você conserva por você, pela sua vida e pelos seus amigos .
e então se você se sentir cansado de tudo isso, me ligue . me encontre . me sinta .
pq eu vim dizer que estou cansada de ser nômade .
existe apenas um motivo que me fará ficar daqui pra frente :
me faça sentir !

ficadica: você não vai achar como fazer isso no google .

domingo, 21 de junho de 2009

lembrança .

a lembrança é imutavel ... é o pra sempre que nunca acaba .
é o ontem com gostinho de saudade, o hoje com gostinho de arrependimento, é um degrau pro amanhã .
no final da vida, ao fechar os olhos ... é tudo o que temos .

e se eu, e se você ...
estiver de partida, me lembrarei do toque .
estiver demorando, me lembrarei do ultimo encontro .
estiver sorrindo, lembrarei de como é bom .
estiver triste, continuarei tentando ...

lembrar é o ultimo pedaço do bolo .
me motiva me envolve me cega me governa ...
lembranças são recortes da vida impossiveis de serem queimados .
estão nos sons e nos cheiros .
nos gostos e no olhar .
elas tomam todos seus sentidos, sentimentos
e te permitem por um instante reviver uma vida .

e se você não recicla a idéia, não penera os fatos
enlouquece .
preso num mundo, onde tudo o que acontece em volta é pura ilusão .
é o que você teve projetado num cenário verde .

é o seu cérebro desesperado pra voltar .
mas o relógio não corresponde ... colaram a ampulheta ao contrário .
não existe mais tempo a perder, já foi perdido .
não existe mais razão pra ficar, você já se foi a tanto tempo ...

e ao olhar a porta entre-aberta, percebo como é fácil sentar aqui e só te esperar ...
dificil é deixar de amar quem a gente sabe e sente, que ama a gente também .

não pisque, se fosse você vigiava .
pela mesma porta que te espero entrar, eu também posso sair .
e ai, eu não vou ser mais nada além de uma simples
lembrança .

quarta-feira, 17 de junho de 2009

even the stars refuse to shine ...

saudade das traquinagens, malandragens, artes planejadas minuciosamente pela minha mente, arquitetadas numa folha em branco que me parecia ser o futuro . mas a vida, coitada de mim, me deixa cada vez mais dura excluindo opções antes completamente possiveis, porque eu tinha mais coragem ou mesmo criatividade pra pular os buracos, ultrapassar ordens, saltar por ai, rindo da ignorância quadriculada e medida, cálculo complexo resumido em mim numa soma simples : eu não sei subtrair .
da pré escola, da pré história, talvez de uma outra vida até hoje, essa é uma verdade universal, minha .
fundamental mesmo pro meu corpo era minha sede de ver de perto, pra minha mente, entender o sentido que vinha de dentro . agora sobrou o medo e o medo, incerto e impreciso .
em alguma porta errada eu entrei, não sei ... e eu não queria voltar os ponteiros, não ! eu não faria nada diferente ! eu só queria adiantá-los um pouco, pra parte onde eu decido, descubro, encontro finalmente quem sou eu .
e se o mundo me pede competencia, eu preciso saber improvisar .
e se o mundo me pede informação, eu reorganizo as frases, troco as letras, mudo o foco .
como se de uma reação de sintese, eu transformasse o mundo em uma de dupla troca .
e o que te deixa a beira de um ataque de nervos é que tudo acaba fazendo algum sentido no final .
o meu jeito, as minhas escolhas, essa confusão devagar e exagerada ...
essa minha estupidez te enlouquece e me atrasa ... quem perde mais ?
eu não vejo a hora de encontrar a loja certa, onde me vendam a idéia milagrosa ...
e eu não vou ter preguiça, nem sono ...
e eu vou trabalhar duro, fazer o que for preciso ...
vou reconstruir minhas asas, e ir embora daqui .

quarta-feira, 10 de junho de 2009

should i just keep chasing pavements ?

even if i knew my place should i leave it there ?

ter que me desapegar do destino ideal é o que me frustra... eu não sei desistir do que eu quero .
e o que eu não quero, já desisti antes de você perguntar .
então como dar o primeiro passo ? como passar por cima de tanta perda pra alcançar o que supostamente deveria ser meu quando me tornei um ser de carne e espirito ? como não perder a fé ?

a promessa da comodidade as vezes me mantem intacta, deitada nos meus sonhos, numa desistimulante inercia de fracassos ...

incerta do caminho, eu me arrasto com os olhos vendados num chão de espinhos e rosas .
desinteressada no anonimato das minhas idéias, grito afim de que o cara lá de cima me abra os olhos pra ver o que só eu não vi .

o vento sussurra tempestade e eu já não me lembro qual foi o ultimo suspiro de tranquilidade .
a cada segundo, meu cérebro é entorpecido por perguntas sem respostas ...
a cada segundo, meu coração é tomado pela mais forte ansia do querer saber ...

e eu vejo dançar no teto do quarto todas as moscas que em busca do sol, morrem queimadas pela luz .
e eu sinto que quanto mais preciso de pernas, mais entrego minhas mãos e logo não tenho nada .
e eu desejo um corpo que ainda não encontrei .
e eu procuro por livros que eu não comprei .

e eu corro, através do tempo, do passado ...
procurando aquela dica que eu perdi . deve estar em algum lugar a chave dessa porta impermeável que guarda meu grande triunfo .
só espero que exista um final digno para todos nós ...
apenas os fortes sobreviverão .

i bought a ticket to the end of the rainbow ...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

ombros, travesseiros e o meu segredo .

é madrugada da janela pra fora,
é meio dia em algum lugar ...
o mundo é grande quando eu o quero
o mundo é pequeno quando eu o tenho

escapam desculpas para abandonar estes sonhos .
sobram motivos para eu o fazer ...
e eu só, só ainda não achei o motivo certo .
é o que falta afinal ... não me sentir só .

eu devo parar de procurar entre os ponteiros do relógio ?
a pressa me deixa lenta, eu não tento,
o prazo eu ignoro .

o travesseiro não é bom companheiro, te conforta na solidão
enxuga as lágrimas e te convence a ficar.
parado.
prostrado.
frustrado.
morto.

então, procuro um ombro .
existem bons ombros, bons corações .
apesar de muitos serem no fundo falsos, o que significa bons, travesseiros .
descobrindo isso, a seleção natural de ombros acontece .
travesseiros morrem .
ombros permanecem .
fim da guerra ... você é o que é .

no corredor eu ouço essa canção,
pés e pés e mãos, e eu grito alto
grito e mudo você não escuta pq não vê
cego, não se sente livre .
mãos e mãos e pés e eu te acompanho, seguro e puxo seu corpo
fora desse abismo, desse buraco enorme dentro de ti ,
escuro e fundo onde eu costumava morar ...
previsto destino que eu resolvi mudar .

se não posso te tirar de dentro, mudei o roteiro
pra que ensaios ? pra que mesmice ?
eu quero o improviso .
um sorriso meu arrancado quando eu quiser ir .
um beijo roubado quando eu quiser te matar .

e assim, sem perceber
você me tomará pelos cantos,
me envolverá nos braços
acordaremos entrelaçados
pernas e abraços
sem espaços
sem fim .

essa teoria é o meu segredo que apesar de decodificavel, costuma parecer o que não é
e se você for mesmo tentar, vai perceber que eu mudo as regras do jogo sem te avisar ...