quinta-feira, 28 de maio de 2009

we never wanna say good-night .


eu ouço as notas da chuva,
pequenas gotas perdidas,
são nuvens chorando uma canção triste ...
é o tempo avisando a despedida .
eu desaprendi a viver sem tais palavras,
poemas da sua boca pro meu ouvido ...
do seu coração pro meu sorriso ...
nunca nada fez sentido mas se é você,
amar nunca vai ser proibido .
e esse abraço ...
meu rosto encaixado no seu pescoço .
suas mãos encaixadas no meu corpo .
nossas mentes encaixadas no pensamento .
onde a saudade vai se encaixar afinal ?
boa viagem, meu amor .
que você voe alto e longe como sempre quis voar ...
e que quando puder, voe em pensamento,
já que não posso te pedir pra voltar .
cante o nosso tango, mas não se sinta sozinho ...
me faça presente na sua vida, as lembranças te farão carinho .
afinal, estamos te esperando
pra trazer de volta as cores, a vida, desse nosso jardim .

sexta-feira, 22 de maio de 2009

presos, passos, o fio .

três passos .
no primeiro eu te observo .
no segundo eu chego mais perto .
no terceiro eu te agarro pelo pescoço e te solto, como há de ser .

três passos .
no primeiro você sente saudade .
no segundo você fecha os olhos e vê que é verdade .
no terceiro me abraça tão forte e eu te deixo ficar, pra variar ...

tão forte que seu cheiro ficou preso no meu cabelo .
tão forte é sua falta presa no meu peito .
tão seu é esse meu jeito de te querer por perto .
tão presos nesse caminho que o destino nos deu .

dentro de você eu nunca estive presa .
e permaneci talvez pq mereci ficar
e ficarei enquanto me deixar ...

dentro de mim eu quis desesperadamente te prender
eu tinha medo de te perder
não entendia seu jeito de ser livre
tão dentro de mim, hoje você vive
solto sem perceber .

presos a nós mesmos, no simples querer, tentando por a culpa no que era para ser .
te faço um carinho e você me traz um café ...
se vão falar ? se querem saber ?
eu não pedi pra eles terem fé .
e se me chatear ? e se eu quiser chorar ?
deixa ser como é .
e se eu pedir ? e se você partir ?
não tem porque ...
infinitamente ...

nada existe como eu e você .

quarta-feira, 13 de maio de 2009

os outros, sem juizo .

banalizado o amor, atropelado em pensamentos tão mais bem pensados que o próprio sentimento .
não dei atenção mesmo e admito que é easy não tentar .
o segredo afinal não é nada além do medo que cala a verdade .
e como odeio mentiras, costurei a boca a procura do momento certo .
não me disponho a loucuras, cenas, mal juizo e julgamento, se não for pra valer .
se for por mim e não por você .
meu drama não é nada além da minha intensidade .
e o valor da curva é o preço que eu não quis pagar, até me reconstruir de novo e nova, reinvento essa necessidade quase psicopata de perder de vez enquando ... só pra variar .
dominar o não ter foi primordial, apesar de me pegar fraca na contradição das mãos .
se quer saber, eu não quero .
pertencer me frustra ... foi o jeito que meu corpo deu pra se proteger .
a saida agora é tentar construir histórias e por alguma delas me apegar .
não existe um pedaço de mim que precise ficar . todos me empurram pra longe daqui ...
engasgada, arrumando pretexto pra aceitar e achar graça ....
que perda de tempo ...
se quer saber, eu não preciso .
e calma, eu sigo ...
talvez correndo de você ...
talvez fugindo pra valer ...

eu quero saber se você me alcança .

-

a febre do seu corpo alucina a realidade .
e não existe um só motivo que não seja inconsequente que me faça ficar .
eu fico por um instante, arranco sua armadura .
me aproveito de cada fraqueza minha que você desperta .
me permito fechar os olhos e esquecer dos limites, pra que servem afinal ?
sua mão corre pela nuca e sobe até os cabelos, eu esqueço de respirar .
sinto falta dos sentidos, mãos e pés, perco todos eles, não deixo rastro ... e se eu quiser voltar ?
e você se perde no discurso, me fazendo rir da maneira mais gostosa .
que ridículo fica o amor comparado ao desejo daquele momento .
o relógio parece dar meia volta cada vez que eu lembro desse gosto , desse cheiro, de ser livre .

o remédio da inveja alheia não faz mais efeito .
mas o desgosto de fincar os pés no chão é necessário,
eu procuro bem mais do que um motivo pra ser simples amante,
mas deitada, os pensamentos não são só meus no final .

sexta-feira, 8 de maio de 2009

'Eu quero contrariar a lógica te abraçando.'

falam tão alto... essas vozes me ensurdecem .
estridentes e frios são os gritos, e meu coração tímido se contrai e se esconde, não expande, não cresce, entristece,Cor do texto não responde ... meu coração só se esconde, onde ? onde ?
em qualquer canto e dentro de mim não cabe mais esse medo e eu me pergunto, onde ?
não sei se enterro, sufoco, se furo e deixo sangrar .
ele não sofre assim nem assado ... está duro, impermeável, cansado de sonhar .
e se protege como pode, foge, mas não sei pra onde ... onde ?
onde é que ele foi se enfiar ?
e ele bate fraco, bate forte, bate pequeno, bate sozinho, parece não se cansar ...
virou rotina dar cara a tapa, tentar pulsar ...
e se ele desiste?
e se ele quiser um carinho ?
um lugar quentinho pra morar ?
e se ele decidir amar ?
tão perdido, vivendo da mistura do passado imperfeito com a desesperança de um futuro milagroso ...
o presente é o hoje embrulhado as pressas pro amanhã ...
e o amanhã é o passado remendado e pintado, com laço de fita pra você não reparar .
e o sorriso é a mentira que eu decidi contar .
e a lágrima quando cai, é a verdade que decide sozinha escapar .


principalmente pq eu não sei onde, alguem sabe como eu posso encontrar ?

e a pergunta vira como . como ?
como é que daí você vai me tirar ?
sem te machucar ?
sem me machucar?
como ?

' pra explicar esse amor eu precisaria virar o mundo de ponta cabeça ...'

(essa frase é de um filme e o titulo eu tirei de um blog de um mocinho que eu sigo no twitter vulgo midio, beijo tchau)

domingo, 3 de maio de 2009

atire a primeira pedra ...

o seu sorriso, amigo . o som da sua risada ...
o cheiro do seu casaco, a energia do seu abraço ...
eu preciso .
tão confortavel o modo que me olha .
você é a verdade num ciclo de mentiras reciclaveis .
eu pego suas palavras e fecho a mala .