existe aquela fração de segundo que você desliga o botão da consciencia .
até o mais forte tem um segundo fraco, falho, inevitável .
entregue ao momento, observo os galhos que balançam e se confundem, camuflando junções ... o vento tras a beleza das folhas, e de um morador de rua, sai o som que embala uma história ... como se tudo seguisse um roteiro, planejado a contra-gosto dos atores .
o cenário pulsa cada detalhe : por dentro tudo se confunde, por fora as aparências transparecem meias verdades . os olhos piscam . eu transpiro sensações . não existe tempo .
fugindo do óbvio, os corpos agora se repelem .
as sombras, grudadas, pregadas, não obedecem e formam um abraço .
eu sinto o cheiro que eu bem conheço mais uma vez, aquele que vem de dentro da contradição das palavras e atos que nos cercam . o cheiro de um certo comodismo em não querer/poder cortar esse fio que nos une e nos separa .
sinto o ar entrar de novo, agora limpo .
meu cérebro respira e desiste de entender .
exatamente nesse segundo, sem pensar, o 'meu segundo' acontece, e passa, e eu quase não vi .
o olhar de medo-espanto-medo-medo-constrangimento-susto-medo toma conta da cena .
em volta, o mundo deixa de fazer sentido e faz, sem poder fazer .
e é ai que as buzinas voltam, junto com o resto do mundo, que volta a girar .
o coração volta a congelar, o choro não existe .
tudo volta ao controle e forte eu esqueço, despejo tudo em texto ... pra não guardar .
existem emoções pra mim que precisam ser escritas, pra não tomarem forma de amor, de dor ...
finalmente, exausta ... deito na cama sem fingir pq ...
o cheiro ainda está lá .
até o mais forte tem um segundo fraco, falho, inevitável .
entregue ao momento, observo os galhos que balançam e se confundem, camuflando junções ... o vento tras a beleza das folhas, e de um morador de rua, sai o som que embala uma história ... como se tudo seguisse um roteiro, planejado a contra-gosto dos atores .
o cenário pulsa cada detalhe : por dentro tudo se confunde, por fora as aparências transparecem meias verdades . os olhos piscam . eu transpiro sensações . não existe tempo .
fugindo do óbvio, os corpos agora se repelem .
as sombras, grudadas, pregadas, não obedecem e formam um abraço .
eu sinto o cheiro que eu bem conheço mais uma vez, aquele que vem de dentro da contradição das palavras e atos que nos cercam . o cheiro de um certo comodismo em não querer/poder cortar esse fio que nos une e nos separa .
sinto o ar entrar de novo, agora limpo .
meu cérebro respira e desiste de entender .
exatamente nesse segundo, sem pensar, o 'meu segundo' acontece, e passa, e eu quase não vi .
o olhar de medo-espanto-medo-medo-constrangimento-susto-medo toma conta da cena .
em volta, o mundo deixa de fazer sentido e faz, sem poder fazer .
e é ai que as buzinas voltam, junto com o resto do mundo, que volta a girar .
o coração volta a congelar, o choro não existe .
tudo volta ao controle e forte eu esqueço, despejo tudo em texto ... pra não guardar .
existem emoções pra mim que precisam ser escritas, pra não tomarem forma de amor, de dor ...
finalmente, exausta ... deito na cama sem fingir pq ...
o cheiro ainda está lá .
3 comentários:
publique um livro e eu serei a primeira a comprar.
Eu nunca tive real certeza se os flocos de neve realmente só caem perto dos pólos. Já fez tão frio aqui. Já nevou tanto. Enquanto a janela me diz e insisti que eu devo fechá-la, eu teimo e a prefiro aberta, escancarada. O frio de dentro é o mais difícil de aquecer, mesmo que eu deixe minha relutância sem interlocutor e feche as portas, os flocos vão continuar.
Acho que o problema não é a neve, não. Acho que o frio, na verdade, nem vem de fora. Sou eu que ainda não aprendi a me aquecer, é.
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