terça-feira, 31 de março de 2009

one last cry .


encostei a porta e com cautela, virei meu corpo na direção oposta . deixei a fresta, pra quando precisasse, pudesse ver o que deixei ... deixei a fresta pra que se eu precisar voltar, ela ainda esteja aberta ...
muitos passos eu andei no escuro, por hora corri sem direção nenhuma, batendo em quinas, caindo de joelhos, sangrando, perdida .
mas chega o dia que a gente força a vista e pelo menos tenta enxergar o que esta ali, escancarado .
auto-suficiencia nunca foi comigo, estar sozinha nunca foi pra mim .
mas, ao me sentir a vontade comigo mesma, passei a gostar mais de mim .
um pequeno sorriso surge de dentro pra fora, e eu me vejo rindo do desespero vão .
tudo o que eu preciso, eu tenho e esse amor por mim e pelos outros é o que me constrói e me derruba todos os dias .
se for ver, eu sou feliz .
chegando a isso, holofotes se acendem me deixando finalmente ver o óbvio .
nada além de mim, por dentro, entre pregos e tripas, sentimentos e contradiçoes ...
sonhos fora de caixas, música que ensurdece o mau humor .
estou de mãos dadas com os que me querem bem ...
aos sentimentos ruins ... procurem outro corpo pra morar .
estou me reinventando .

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