terça-feira, 6 de janeiro de 2009

surrender to me softly .


passos lentos, segui duas ou três pessoas que andavam a minha frente .
uma mistura de medo/ansiedade regia meus instintos ...
logo a frente, desconhecido , encherguei uma porta . a luz era facinantemente intensa ... convidativa ...
com os pés já dentro, os joelhos chacoalhavam sem dançar . tremeram eles e logo o meu corpo inteiro ao perceber que era tarde demais ...
acontece que 'tarde' as vezes não é fim e sim começo ...
no escuro tudo pode ficar sombrio ou cada vez mais interessante .
nas mãos do perigo, temi pelo teu olhar ... era só o que conseguia enxergar .
e os rostos passaram, mudaram de tom .
sabor e cheiro as vezes ocupam algumas horas ...
e eu penso comigo se contigo existe um pouco da felicidade que eu deixei pra trás .
eu queria estar enganada ao lembrar do seu gosto .
eu queria não desejá-lo mais .
em uma linha assumo que o desejo e que ja tinha o feito antes .
mais um copo, por favor ?
sim, eu já esqueci de me lembrar que eu não posso mas o tempo não quis te apagar .
então eu escrevo pois nos versos, e não só nos sonhos, nosso amor existe ...
e te espera .